Nas edições anteriores
#1 | Permacultura & Bitcoin

Para começo de conversa 🌱

No último dia 18, a publicação inglesa The Economist comparou a resistência das criptomoedas à das baratas, destacando a sua capacidade de sobreviver a desafios. O artigo menciona o uso ilícito de criptomoedas, mas enfatiza a resiliência do Bitcoin, mesmo frente a regulamentações apertadas e crises financeiras.

“Muitos sentem repulsa instintiva quando espiam uma barata. Mas, apesar das suas falhas, os insetos têm utilidade — transformam matéria em decomposição em nutrientes e comem outras pragas, como os mosquitos. As criptomoedas também tem suas utilidades, como a diversificação de portfólio e a manutenção do dinheiro seguro sob regimes despóticos. E, como foi demonstrado, é praticamente impossível matar.”

A The Economist deu visibilidade a apenas uma de nossas ferramentas para superar o sistema opressor, que ela própria sustenta. Continuemos a imitar os padrões da natureza.

O Presente da Autenticidade: Escolhendo o Caminho Off-Grid como um Ato de Amor Verdadeiro.

Normalmente temos uma trilha, eu passei por ela, você percorreu ou está percorrendo, onde valores e gostos estritamente pessoais nos despertam para a vida off grid. 

“Sei onde me vejo, e sei onde não me vejo.” Você já racionalizou isso?

Grandes Empresas: Não adianta o banco laranja colorir a logo com as cores do arco-íris e propagandear a palavra RESPEITO com a voz e rosto de uma criancinha fofa e inocente. Você sabe que alí não tem um parceiro, tem um sanguessuga, talvez um chantagista, afinal, você precisa escolher os serviços bancários de alguém, as opções que te são oferecidas estão intimamente ligadas a máquina pública, que se alimenta dos seus impostos (gerados pelo seu esforço individual), que define o juros que você deve se submeter (pois você sabe que para o banco, a história é outra), que estabelece devido a falta de concorrência padrões altíssimos de cobranças por serviços financeiros (pois lá fora você achará mais do mesmo, nas poucas alternativas que se apresentam), então, por que sacrificar esse spread? Afinal o trouxa não tem muito para onde correr. 🤷🏻‍♂️

Estado: Segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) o total gasto para pagar imposto sobre renda, patrimônio e o consumo corresponde a 40,28% do rendimento médio dos brasileiros, vale lembrar que Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), ou Tiradentes, foi executado pela Coroa Portuguesa por se revoltar contra o quinto, que era um imposto de 20% sobre o ouro produzido no Brasil. Mesmo assim, hoje com o dobro do que valeu a ira do inconfidente mineiro, os que possuem recursos pagam plano de saúde, seguro e educação privada, ou seja, paga-se mais e paga-se 2x para ter acesso ao básico, ao que foi prometido desde antes de nascermos. 🤯

Mídia: Em 1922, nasceu a BBC, fruto do desejo do governo britânico em regular e licenciar o uso do rádio. O leviatã inglês tinha uma preocupação crescente com a importância estratégica sobre qual propaganda ideológica seu gado deveria receber, foi assim que em 1936 a BBC entrou no campo da televisão de forma inovadora, oferecendo um serviço regular e programado. Lembre-se, empresas existem para servir ao cliente, e cliente é quem paga, se a organização recebe dinheiro do governo, é a ele que ela serve. E é aquela evidência: Pau que nasce torto… 😮‍💨

A energia que geramos e tangibilizamos em dinheiro, a partir do trabalho, deixamos sob a guarda de quem não confiamos. Aquele entranhado de corrupção, que ostenta o monopólio da violência sobre a população (geralmente a mais pobre), não nos ampara. Há ainda, o que diz nos oferecer um serviço, nos mantém alienados e apáticos, nos dá relatos absurdos e depois continua a nos manter absortos com novelas, esportes, realitys.

A crítica em “O Dilema das Redes” não está restrito à internet, ao contrário, foi através de alguma rede social que essa Newsletter chegou até você, na verdade, é fácil constatar que você é o produto do banco, do Estado e da Mídia, ao contrário, ambientes como este nos permite romper com isso, superar o controle e a hipocrisia. 

E isso pelo outro? Não. Por você mesmo.

É o seu incômodo com a quantidade de absurdos que te sugam que faz você escolher a permacultura e o bitcoin, é seu desejo individual que te faz abraçar a natureza e deixar para trás os bancos, e a TV. Seu egoísmo em ser quem você é, em se desenvolver com plenitude, em entregar ao mundo o seu melhor, que te faz romper com o doente status quo, sintonizado com a sociedade de massa.

Olhamos e pensamos: “Não me vejo alí.”

Você consegue perceber que o seu desejo de não se tornar o “Homem Massa” de Ortega y Gasset beneficia a sociedade? O planeta, sua família, seu desenvolvimento e futuro?

No âmago desta escolha individual, está um ato de amor verdadeiro. Amor não no sentido romântico ou idealizado, mas amor como um profundo respeito e consideração pelo próprio ser e, consequentemente, pelo mundo ao redor. Ao escolhermos a permacultura, o bitcoin, a autossuficiência, e ao nos afastarmos das estruturas opressoras e alienantes, estamos expressando um desejo genuíno de viver de forma autêntica e significativa. ✨

Neste Natal, enquanto muitos buscam conexão e significado em meio ao frenesi materialista, nós, homesteaders, encontramos essa conexão na terra que cultivamos, na energia que geramos, e na comunidade que construímos. Cada planta que cresce em nossos hortas e cada estrutura que erguemos com nossas próprias mãos não são apenas atos de independência, mas gestos de amor e cuidado com o mundo.

A beleza do movimento homestead reside exatamente nisso: na capacidade de cada indivíduo de encontrar força e propósito na própria natureza e, ao fazer isso, contribuir para um futuro mais autossustentável e compassivo. Nossa jornada off-grid não é apenas um caminho de autorrealização; é um farol de esperança. Mostra que, ao honrar nossa essência e buscar nossa verdadeira natureza, podemos inspirar mudanças significativas e positivas.

Olhamos e pensamos: “Eu me vejo aqui”

Este Natal, celebremos não apenas o afeto entre familiares e amigos, mas também o afeto por nós mesmos e pelo desbravamento do estilo de vida que vale a pena ser vivido. Ao escolhermos um caminho menos percorrido, repleto de desafios e aprendizados, estamos, na verdade, escolhendo um futuro onde o respeito pela individualidade e pela natureza prevalece e frutifica.

Que a luz desta época ilumine nossos caminhos e reafirme nossa crença na importância de cada escolha consciente que fazemos. É o nosso desejo “egoísta” de viver com propósito e integridade que fortalece o movimento e traz esperança para o futuro. Em meio à celebração e reflexão, lembremos que nossa individualidade é, de fato, o presente mais valioso que podemos oferecer ao mundo.

Feliz Natal, e que continuemos a trilhar juntos este caminho de autenticidade e renovação.

Para dar tchau 👋🏻

Por falar nele, 🤠 Joel Salatin é uma importante figura no movimento Homestead, ele tem feito conferências (Inclusive para a Conferência Libertária Nacional Americana 🐍) e criou um negócio que permite as pessoas terem acesso a carne que beneficia o solo e a captura de carbono por meio de rotação de pastagens.

Salatin é um exemplo de tudo que essa Newsletter acredita, a união de tecnologia, empreendedorismo e natureza.

Hoje busquei reforçar nosso espírito individualista, com o coletivo em mente, e te trazer a partir disso inspirações - como esse cara aí de cima.
E, além disso tudo, deixar você ciente, que eu te desejo um natal amoroso e feliz, e que a sua realização é a minha, esse projeto faz sentido quando junta.
Obrigado! Semana que vem tem mais. 😉