Nas edições anteriores
#23 | 🔧 Inovação e Autonomia: Soluções Libertárias para a Crise Climática
#22 | A Terra e a Água em Tempos de Crise 🌊: Táticas Permaculturais Contra Enchentes
#21 | 🌱 Crescendo Juntos: Movimentos Globais e Descentralizados por Sementes Livres 🔄

Para começo de conversa 🌱

Inspirado por um chamado do Peter Turguniev no canal Ancapsu, preparei o vídeo da semana. A ideia aqui não é debater a existência ou não das Mudanças Climáticas, mas focar nas soluções. As soluções que estão sendo impostas à sociedade de forma autoritária é que são os verdadeiros problemas.

O objetivo deste vídeo é apresentar soluções que respeitem os direitos individuais e ajudar todos a estudar casos que, à primeira vista, parecem contrários à preservação ambiental, mas que podem ser propagados de maneira sustentável.

O artigo desta semana complementa o vídeo. Estamos expostos a uma vasta literatura de pessoas “bem-sucedidas” (na Babilônia) que discutem o capitalismo social, o capitalismo de impacto social ou o capitalismo regenerativo, tema deste artigo. Embora muitos desses conceitos tenham uma linha autoritária, eles também possuem uma perspectiva libertária. Falar de direitos sociais é falar de direitos individuais; não há respeito à sociedade sem respeito a cada indivíduo que a constitui. Temos excelentes exemplos capitalistas de preservação ambiental, inclusão social e evolução tecnológica, como modelos de negócio que são sumidouros de carbono. Meu propósito é propagar esses modelos para que mais capitalistas possam gerar lucro, preservando o meio ambiente e potencializando a sustentabilidade da biodiversidade. As anomalias que vemos atualmente são resultados de grandes monopólios criados pela intervenção estatal, que distorcem a liberdade e o cuidado natural que um proprietário tem por sua terra.

Tá, mas e o Bitcoin? 🗣️₿⚡🍻

A recuperação no mês de Maio, agora parece consistente. Nesta semana o BTC, apesar das oscilações, fechou em nova alta de 3.88% (até o fechamento desta edição). Tanto na comparação com o real, quanto com o dólar, o sentido é o mesmo e o patamar muito similar.

Você aproveitou a promoção na virada de Abril para Maio? rsrs

Você sabe como começou essa tradição?

O Bitcoin Pizza Day é um marco histórico para a comunidade bitcoiner, comemorado anualmente em 22 de maio. Em 2010, um programador chamado Laszlo Hanyecz fez a primeira transação comercial utilizando Bitcoin, comprando duas pizzas por 10.000 BTC. Na época, isso equivalia a cerca de 41 dólares. Hanyecz, com a visão de um pioneiro e o entusiasmo de alguém que acreditava profundamente no potencial revolucionário do Bitcoin, fez essa troca simbólica que viria a se tornar um ícone de como uma simples ideia pode transformar o mundo. Aquela pizza não foi apenas uma refeição, mas um marco inicial de uma economia digital que muitos nem imaginavam ser possível. Se vendidas hoje, em 2024, essas pizzas valeriam incríveis R$ 3.550.056.200,00 reais, uma cifra que representa o poder transformador e a valorização exponencial do Bitcoin.

Desde aquele dia histórico, o valor do Bitcoin passou por uma jornada de volatilidade impressionante. O que começou como uma moeda digital de poucos centavos hoje, em 2024, é cotada a impressionantes R$ 355.005,62 reais por unidade. Essa trajetória ascendente, pontuada por altos e baixos dramáticos, reflete a fé inabalável dos bitcoiners na visão de Satoshi Nakamoto. A história do Bitcoin é contada com entusiasmo e um fervor quase religioso, onde cada pico e cada queda representam não apenas flutuações de mercado, mas o espírito resiliente de uma comunidade global que acredita no futuro descentralizado das finanças. O Bitcoin Pizza Day não é apenas uma celebração de uma compra peculiar; é uma celebração da inovação, da coragem e da convicção de que a revolução financeira está apenas começando.

🌱 Reinterpretando o Capitalismo Regenerativo: Uma Visão Libertária para a Vida Off-Grid

John Elkington, autor da obra Capitalismo Regenerativo, propõe uma transformação voltada para a regeneração dos ecossistemas e das comunidades. Embora essa obra seja frequentemente utilizada como um pilar para estratégias ESG (Environmental, Social, and Governance), ela também pode ser aplicada em contextos de permacultores libertários que buscam uma vida off-grid. Aqui, reinterpretamos os 8 princípios do capitalismo regenerativo à luz dos ideais libertários, promovendo uma vida sustentável e autossuficiente.

É importante salientar que, com base nos livros que tratam de capitalismo consciente ou capitalismo de impacto social, é imprescindível primeiro atender à necessidade de lucro, comparável à necessidade do corpo em manter a circulação sanguínea, para que se possa atender outras necessidades e aspirações.

1. Holismo

O holismo enfatiza a interconexão entre sistemas naturais, sociais e econômicos, reconhecendo que todas as partes de um sistema estão interligadas. Em uma visão libertária, isso se traduz na criação de comunidades autônomas e interconectadas, onde cada indivíduo e sistema contribui para o bem-estar geral. A permacultura exemplifica bem esse princípio, integrando práticas agrícolas sustentáveis com a conservação ambiental e a coesão social. Essa abordagem holística permite que as comunidades sejam resilientes, respondendo de forma adaptativa às mudanças e desafios.

2. Inovação Adaptativa

A inovação adaptativa encoraja a flexibilidade e a resiliência através da experimentação contínua. No contexto libertário, a liberdade de inovar sem regulamentações excessivas é fundamental. Isso permite que soluções locais e personalizadas surjam, como a bioconstrução, que utiliza materiais naturais e técnicas tradicionais para criar habitações sustentáveis. A geração de energia renovável, como a solar e a eólica, é outra área onde a inovação adaptativa pode florescer, permitindo que indivíduos e comunidades se tornem independentes das redes de energia centralizadas.

3. Distribuição Justa

Embora a distribuição justa possa parecer contrária ao capitalismo tradicional, no contexto regenerativo e libertário, ela significa garantir que todos tenham acesso aos recursos necessários para prosperar. Isso é alcançado através de iniciativas como o Bitcoin, que democratiza o acesso à moeda e à proteção contra a inflação sem a intervenção estatal. A distribuição justa aqui não se refere à redistribuição forçada de riqueza, mas sim à criação de oportunidades para que todos possam participar e beneficiar-se do sistema econômico. Isso inclui acesso a educação, tecnologia e recursos que promovam a autossuficiência, como o Open Source, que entrega ferramentas e conhecimentos livres para todos.

4. Circularidade

A circularidade promove o uso contínuo dos recursos, minimizando desperdícios e maximizando a eficiência. Em práticas libertárias, isso se reflete em economias circulares locais, onde os resíduos de um processo se tornam recursos para outro. Um exemplo claro é a compostagem, onde resíduos orgânicos são transformados em adubo para a agricultura. A agroecologia, que utiliza princípios de permacultura, também exemplifica a circularidade ao integrar diferentes sistemas de produção agrícola que se apoiam mutuamente, criando um ciclo de recursos sustentáveis que beneficia a comunidade e o meio ambiente. Além disso, existem maquinários que muitas vezes não se justificam em pequenas propriedades, apesar de adiantarem o trabalho, por isso é comum a união de pessoas na aquisição de certos bens como em cooperativas, algo perfeitamente libertário.

5. Regeneração

A regeneração vai além da sustentabilidade, focando na restauração e melhoria dos ecossistemas naturais e sociais. Libertários que adotam a permacultura buscam não apenas viver de forma sustentável, mas também regenerar a terra através de práticas como a agricultura sintrópica e a bioconstrução. Essas práticas restauram a saúde do solo, aumentam a biodiversidade e criam ambientes mais resilientes. A regeneração também se aplica a comunidades, onde a restauração de laços sociais e econômicos é crucial para a criação de uma sociedade saudável e vibrante.

6. Interdependência

Reconhecer a interdependência entre sistemas humanos e naturais é essencial para a sustentabilidade. No contexto libertário, isso se traduz na criação de redes de apoio mútuo e cooperação, onde comunidades off-grid trocam conhecimentos e recursos, fortalecendo sua resiliência coletiva. A interdependência não significa dependência forçada, mas sim uma rede de colaboração voluntária onde cada parte contribui e se beneficia. Isso é visto em comunidades que compartilham recursos de energia, alimentos e conhecimentos técnicos, criando uma rede robusta de suporte que aumenta a capacidade de todos os membros prosperarem.

7. Transparência

A transparência é essencial para construir confiança e responsabilidade dentro de qualquer sistema. Em um contexto libertário, sistemas descentralizados como o blockchain oferecem uma maneira de garantir transparência nas transações, fortalecendo a confiança dentro da comunidade. A transparência permite que todos os membros de uma comunidade vejam e entendam como os recursos são usados e distribuídos, promovendo um ambiente de confiança e cooperação. Isso é crucial para evitar corrupção e garantir que todos os membros da comunidade estejam cientes das operações e decisões que afetam seu bem-estar. Contratos claros, bem escritos e minuciosamente estudados pelas partes também fortalecem esse princípio do ponto de vista libertário.

8. Equidade e Inclusão

Equidade e inclusão significam garantir que todos tenham a oportunidade de participar e beneficiar-se do sistema. Em um contexto libertário, isso se traduz em criar oportunidades para que todos possam ser autossuficientes e contribuir para a comunidade, sem a interferência de instituições centralizadoras. Isso pode incluir acesso a recursos educacionais, tecnologias de produção de energia e práticas agrícolas sustentáveis. A equidade e inclusão garantem que todas as vozes sejam ouvidas e que todos tenham a chance de prosperar, criando uma comunidade mais forte e resiliente. A internet, promotora da informação distribuída e descentralizada, é um grande ator na promoção da equidade e inclusão nesta economia.

Com o objetivo do lucro atendido, é importante assimilar que a economia regenerativa, quando vista através da lente do libertarianismo, oferece uma abordagem poderosa para criar comunidades autônomas, resilientes e sustentáveis. Ao adotar princípios como holismo, inovação adaptativa e circularidade, podemos além de sustentar, regenerar nosso ambiente e nossas comunidades. Esses princípios alinham a busca pela liberdade com a responsabilidade ecológica e social, mostrando que é possível criar um futuro onde a autonomia e a ecologia andam de mãos dadas. Ao integrar práticas regenerativas com ideais libertários, podemos construir uma sociedade mais justa, equitativa e resiliente para todos.

Para dar tchau 👋🏻

Tenho estudado iniciativas Open Source e estou buscando maneiras de iniciar algo robusto nessa área, aqui em nossa comunidade. Acredito que o melhor projeto inicial seja a construção de uma mesa CNC. A partir dela, podemos fabricar diversas outras peças essenciais para futuros projetos Open Source.

Para ajudar nesse processo, compartilho duas playlists que ensinam passo a passo como construir uma mesa CNC:

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Eu te desejo Vida, Propriedade e Liberdade 🌱🐍🖤💛