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#12 | A Ferramenta Capaz de Defender a Democracia dos Defensores da Democracia
#11 | Além das Convenções: A Odisseia Off-Grid de Stephanie e Joel

Para começo de conversa 🌱

Vamos falar de fermentação?
Em várias edições falei aqui sobre Kombucha, recomendando o seu consumo diário. Nesta edição vamos explorar mais a importância da fermentação para a humanidade e em nossos contextos de vida off grid.

Tudo isso encadeado ao vídeo da semana do canal, mais um bate papo no Podcast Permacultor Libertário, com o Cícero de Souza, um amigo entusiasta das técnicas de fermentação. A conversa ficou incrível, e eu fiquei muito feliz em gravar e disponibilizar ela:

Tá, mas e o Bitcoin? 🗣️₿⚡🍻

Na semana, a moeda de Satoshi Nakamoto fechou praticamente estável, e ainda muito próxima do ATH:

A semana foi recheada de memes advindos da entrevista concedida por Michael Saylor, uma lenda vida da comunidade Bitconheira.

Uma campanha que vale a pena divulgar, é a propagada pelo @BitDov, hoje 100 satoshinhos (que são os “centavos” de BTC) valem 36 centavos de BRL. Pare de pensar em 1 BTC completo, pense em Satoshis e invista assim, faz muito sentido. 👇

O Poder da Fermentação: Um Pilar da Vida Autossuficiente e Permacultural

Universais culturais são elementos, padrões, traços ou instituições comuns a todas as culturas humanas conhecidas em todo o mundo. Em conjunto, todo o corpo dos universais culturais é conhecido como a condição humana. Algum exemplo de universais culturais são a linguagem, arte, religião, família, e neste artigo vamos falar da fermentação.

A fermentação, um processo bioquímico natural, entrelaça-se com a história da humanidade desde os primórdios. Através da ação de microrganismos como leveduras e bactérias, açúcares presentes em alimentos e bebidas são transformados em diversos produtos, impactando profundamente a cultura, a culinária e a saúde da civilização.

Evidências arqueológicas sugerem que a fermentação já era utilizada há 10.000 anos a.C., no Crescente Fértil. A produção de cerveja, vinho e pão fermentado, pilares da dieta de diversas culturas antigas, demonstra a familiaridade dos nossos ancestrais com esse processo.

Embora o conhecimento científico da época fosse limitado, a experimentação empírica e a observação aguçada permitiram o desenvolvimento de técnicas fermentativas cada vez mais sofisticadas. A seleção e domesticação de leveduras e bactérias, processo que muitas vezes envolveu tentativas e erros com alto custo, representou um marco crucial na história da fermentação.

Ao perceber que a fermentação acontece o tempo todo, por toda a parte, o assunto torna-se ainda mais instigante. Pelo menos 30% do que comemos, ou temos em nossas geladeiras e dispensas, advém desse processo.

Alguns exemplos de alimentos fermentados que podem estar na sua geladeira:

• Laticínios: Queijos (diversos tipos), iogurte, kefir, creme de leite fresco.

• Carnes e peixes: Salame, presunto, linguiça, pepperoni, atum em lata.

• Vegetais: Chucrute, kimchi, picles, azeitonas, pepinos em conserva, palmito.

• Bebidas: Vinagre, kombucha, kefir.

• Outros: Café, chocolate, pão de fermentação natural, missô, shoyu.

Porém não há ganho apenas em sabores no domínio dessas técnicas ancestrais, a fermentação não apenas diversificou a dieta humana como também contribuiu para a:

• Melhoria da digestibilidade e valor nutritivo dos alimentos: A fermentação pré-digestia alguns nutrientes, tornando-os mais facilmente absorvíveis pelo organismo.

• Preservação de alimentos: A produção de alimentos fermentados como iogurte, queijo, chucrute e kimchi, por exemplo, permitia estocar alimentos por períodos mais longos, combatendo a fome e a desnutrição.

• Desenvolvimento de novas bebidas: Cerveja, vinho e outras bebidas fermentadas, além de nutritivas, proporcionavam momentos de confraternização e ritualística em diversas culturas.

Na contemporaneidade, a fermentação encontra aplicações em diversos setores da indústria, além da alimentícia, a farmacêutica com produção de antibióticos, vitaminas e outros produtos, em Biocombustíveis na produção de etanol por exemplo.

As técnicas de fermentação foram criadas ou descobertas em grande maioria, na época em que mal havia se pensado em conceitos de higienização, esterilização e pasteurização, mesmo assim, muitas técnicas foram passadas de geração para geração, como processos seguros de criar alimentos mais longevos e nutritivos. O fato de estarmos hoje perdendo o hábito de fermentar, de entender e dominar essas técnicas, não é apenas uma abdicação pessoal de algo que aparentemente não tem utilidade, mas um triste retrato de uma sociedade completamente dependente de grandes indústrias, e que não se preocupa com a nossa nutrição. Um sintoma da grave doença que aflige de um povo que abriu mão de sua autonomia, que não valoriza o sacrifício de seus antepassados, que menospreza a regionalidade cultural, relacionamento comunitário, apaticamente deixando de fermentar em casa para comprar de uma grande indústria que ostenta um selo estatal.

A história da fermentação é um reflexo da inventividade e perseverança da humanidade. Através da experimentação, seleção e domesticação de microrganismos, nossos ancestrais transformaram a maneira como nos alimentamos, bebemos e celebramos. A fermentação continua a ser uma área de pesquisa e inovação, com potencial para contribuir ainda mais para o desenvolvimento da sociedade e precisa ser incorporada na rotina de qualquer indivíduo que ainda queima na alma a chama da liberdade.

Para dar tchau 👋🏻

Bora então colocar a mão na massa?
Deixo contigo uma receita simples e rápida do Cícero para você começar a fermentar. Depois me manda fotos, vídeos, me marca no resultado de suas experiencias 😍

cicero.revitaliza

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Eu te desejo Vida, Liberdade e Propriedade 🌱🐍🖤💛